A riqueza da culinária baiana não se limita ao litoral. No sertão, a biodiversidade única da Caatinga oferece ingredientes que são usados tanto na gastronomia tradicional quanto na contemporânea. O umbu, por exemplo, é uma fruta nativa da região que foi reconhecida pelo Slow Food como um alimento de valor inestimável para a conservação da biodiversidade. Já o licuri, um pequeno coco típico do semiárido, passou a ser valorizado não apenas pelo seu uso em receitas tradicionais, mas também pela sua relevância na gastronomia gourmet.
Esses ingredientes não são apenas delícias regionais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a agricultura familiar, que utiliza esses insumos, é responsável por grande parte da economia de subsistência do sertão baiano, gerando renda para milhares de famílias.
Esse ciclo virtuoso entre produção e consumo fortalece tanto a preservação de tradições culinárias quanto o desenvolvimento econômico sustentável.